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Resistência de aderência dos revestimentos das eletrodos

Pequena medição, grande impacto para o futuro das baterias

Seja no carro elétrico, no smartphone ou na bateria solar na adega – as baterias se tornaram indispensáveis no nosso dia a dia. Mas como garantir que esses armazenadores de energia funcionem de forma confiável, duradoura e segura? Um papel muitas vezes subestimado, mas decisivo, é desempenhado pela aderência dos revestimentos das eletrodos.

Por que a aderência é tão importante?

Nas baterias de íon-lítio — o tipo de bateria atualmente dominante — as eletrodos são feitas de materiais ativos que são aplicados em folhas metálicas (cobre para o ânodo, alumínio para o cátodo). Essas camadas devem aderir de forma duradoura e firme, pois durante os processos de carga e descarga ocorrem tensões mecânicas: Os materiais se expandem, contraem e são submetidos a tensões térmicas.

Se a adesão não for suficiente, a camada de revestimento pode se soltar — com consequências como perda de desempenho, queda de capacidade ou, no pior caso, curto-circuito. Os ensaios de aderência ajudam não só a garantir a qualidade, mas também a prevenir potenciais riscos de segurança.

Como é ensaiada a aderência?

Dois métodos se estabeleceram na prática:

1. Ensaio de peel :
Para isso, uma fita adesiva é aplicada sobre o revestimento e puxada em um ângulo definido (geralmente 90 ou 180 graus). A força necessária para desprender a camada indica a força de aderência do revestimento. Este método é simples e rápido, mas também suscetível a influências do operador..

2.Ensaio de tração na direção Z:
nesse procedimento, a fita adesiva é puxada perpendicularmente à superfície — a chamada direção Z. O procedimento é mais reproduzível, menos dependente do ângulo e é especialmente adequado para pesquisa e controle de qualidade. Equipamentos modernos permitem até o ensaio simultâneo de várias amostras.
Ambos os métodos têm sua justificativa — frequentemente, os fabricantes usam uma combinação para obter uma imagem mais completa da qualidade da adesão.

O que influencia os resultados dos ensaios?

Como frequentemente, o diabo está nos detalhes. Até pequenas variações na preparação da amostra podem distorcer os resultados:

  • Limpeza e alinhamento: Resíduos ou colagem irregular afetam a aderência.
  • Qualidade da fita adesiva: Diferenças na espessura, composição ou força adesiva podem alterar os valores.
  • Condições ambientais: Temperatura e umidade do ar também influenciam os resultados. Por isso, os ensaios devem ser realizados sob condições o mais constantes possível – em alguns casos, até mesmo sob atmosfera protegida.

Desafios na prática

Um problema central: Ainda não existem normas unificadas para ensaios de aderência em baterias. Enquanto outros setores, como a indústria de adesivos, podem recorrer a normas estabelecidas, na tecnologia de baterias frequentemente faltam diretrizes vinculativas. Assim, diferentes fabricantes usam métodos variados, o que dificulta a comparabilidade.

Também há necessidade de otimização na preparação das amostras. Ferramentas automatizadas, que por exemplo padronizam o alinhamento, podem ajudar a aumentar a repetibilidade — especialmente em grandes volumes na produção em série.

Novas tecnologias, novas exigências

Com o avanço da tecnologia de baterias, também aumentam as exigências quanto à adesão:

  • Baterias de estado sólido: Elas dispensam eletrólitos líquidos, o que altera as relações de forças dentro da célula. Aqui é necessária uma ligação especialmente estável entre as camadas.
  • Ânodos de silício: Estes podem se expandir em até 300% durante o carregamento – um verdadeiro ensaio de resistência para qualquer revestimento. Sem adesão suficiente, há risco de delaminação e, com isso, perda da funcionalidade da célula.

Com ensaios de aderência realizados precocemente na fase de desenvolvimento, é possível identificar e resolver esses problemas antes que ocorram no campo.

O caminho para padrões e melhores práticas

Enquanto não houver normas globais, cabe aos fabricantes estabelecer padrões internos e processos rigorosos. Incluem-se:

  • Preparação uniforme das amostras
  • Uso dos mesmos materiais adesivos
  • Ensaios sob condições ambientais controladas

Ao mesmo tempo, muitas empresas e fabricantes de equipamentos de ensaio trabalham juntos para desenvolver protocolos de ensaio confiáveis — um passo rumo à comparabilidade e garantia de qualidade em nível setorial.

Conclusão: Pequeno ensaio, grande impacto

A medição da resistência de aderência dos revestimentos das eletrodos pode parecer um detalhe à primeira vista — mas na verdade tem uma enorme influência na segurança, eficiência e vida útil das baterias modernas.

Com a crescente difusão de novas químicas e construções de células, esse ensaio se torna ainda mais importante. Avanços na tecnologia de ensaio — desde o ensaio de tração na direção Z até a integração de medições mecânicas, térmicas e elétricas — ajudam a obter uma visão mais completa do comportamento das eletrodos em condições reais.

A mensagem é clara: Quem controla a aderência, controla a bateria — hoje e no futuro.

SOBRE O AUTOR:

Aleksander Koprivc

Gerente de Desenvolvimento de Negócios – Eletrificação Automotiva

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Aleksander Koprivc atua há mais de 20 anos em diversas funções de liderança internacional na ZwickRoell. Após sua graduação como engenheiro diplomado (Dipl.-Ing.) em Engenharia Mecânica em Karlsruhe, bem como um B.Eng. Após sua graduação como engenheiro diplomado (Dipl.-Ing.) em Engenharia Mecânica em Karlsruhe, bem como um Bacharelado em Engenharia em Mecatrônica e um MBA em Gestão Internacional, ele acumulou sua primeira experiência profissional como engenheiro de aplicações na Alemanha e na França. Na ZwickRoell, ele assumiu, entre outras funções, a direção de vendas na França e na Espanha, bem como a direção geral das subsidiárias em ambos os países. Atualmente, ele atua como Gerente de Desenvolvimento de Negócios na área de Eletrificação Automotiva; anteriormente, foi por vários anos gerente de setor para o segmento automotivo.

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