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Taxas de liberação de energia G

Na caracterização de materiais compostos de fibra, as taxas de liberação de energia como valores característicos da mecânica de ruptura são de importância destacada.

Objetivo do ensaio

Esses valores característicos fornecem a energia relacionada à área de rasgo a qual deve ser aplicada em uma amostra definida para fazer um rasgo avançar. Portanto, o resultado é um valor que descreve a sensitividade à propagação do rasgo de um laminado.

Na medição se distingue de acordo com o tipo de estresse.

  • Modo I: Abertura do rasgo
  • Modo II: Estresse por cisalhamento ao longo da camada de laminado
  • Modo II estresse de torção em direção diagonal à camada de laminado

A medição de taxas de liberação de energia no Modo I é utilizada com frequência maior e está descrita nas séries de normas de ISO, ASTM e EN. Para o Modo III não existe normalização atualmente.

Ademais, na norma ASTM está descrito um método de modo misto que permite a combinação do estresse do Modo I e do Modo II com partes variáveis.

Modo I - Medição no arranjo de ensaio DCB

  • Modo I - Taxas de liberação de energia são normalmente realizadas com a amostra DCB (Double Cantilever Beam).
  • Essa amostra dispõe de um rasgo inicial na camada de laminado que foi causado por ex. por um filme de plástico inserido durante a laminação.
  • O estresse pode ser aplicado por meio de blocos de loading colados, por meio de dobradiças ou por meio de alojamentos especiais emperrados na fenda do rasgo.
  • Durante o ensaio, a abertura do rasgo é medida como percurso de travessa e corrigida pelo valor de deformação dos braços da amostra. A partir do integral da força medida será calculada por meio da deformação a energia consumida. O crescimento do rasgo é visualmente acompanhado no lado da amostra.
  • A avaliação do comprimento do rasgo pode ser feita manualmente pelo operador que observa a superfície lateral marcada da amostra com o auxílio de uma lupa. Para obter uma melhor rastreabilidade da medição são utilizadas lupas digitais as quais são arrastadas ao longo da amostra de acordo com o avanço do rasgo e produzem uma filmagem durante a medição.
  • Esse filme será sincronizado com a curva de valores de medição, frame por frame. Dessa forma, em caso de dúvida, o ensaio poderá ser verificado posteriormente e também poderá ser corrigido.
  • Os procedimentos de teste e avaliações dos resultados se distinguem conforme a norma aplicada.
  • As normas são: ISO 15024, ASTM D 5528, AITM 1-0005, AITM 1-0053, Boeing BSS 7273, CRAG método 600, NASA método RP 1092 ST-5, ESIS TC 4, prEN 6033 (retirado)

Modo II – Medição em SENB / ENF arranjo do ensaio

Exigências de Modo II podem ser geradas e medidas tanto no ensaio de flexão, bem como no teste de tração e de compressão com amostras entalhadas.

A medição da taxa de liberação de energia de Modo II é padronizada como um teste de flexão. Aqui são utilizadas as tensões de cisalhamento ocorridas no ensaio de flexão para fazer o rasgo avançar. As amostras são designadas com SENB (Single End Notch Bending), ou também como ENF (End Notch flexão), que é outro termo comum. A deflexão é medida pelo percurso da cruzeta (com correção de rigidez), ou por meio de um sensor de percurso, que é aplicado centralmente.

O ponto de início da fissura é caracterizado por uma força máxima. No fim da medição, a amostra é arrefecida em nitrogênio líquido e, em seguida, completamente quebrada para medir as superfícies de fratura.

Mixed Mode Bending (MMB)

A flexão „Mixed Mode“ pode ser medida em laminados unidirecionais. São combinados o Modo I e o Modo II, sendo que a posição do arco de introdução de força determina as respectivas partes do Modo I e do Modo II.

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